Naquele tempo, Jesus disse a seguinte parábola para alguns que se consideravam justos e desprezavam os outros: «Dois homens subiram ao templo para orar; um era fariseu e o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim: ‘Meu Deus, dou-Vos graças por não ser como os outros homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo quanto possuo’. O publicano ficou a distância e nem sequer se atrevia a erguer os olhos ao Céu; mas batia no peito e dizia: ‘Meu Deus, tende compaixão de mim, que sou pecador’. Eu vos digo que este desceu justificado para sua casa e o outro não. Porque todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado».
| Dois homens subiram ao templo para orar
No tempo de Jesus havia fariseus. Hoje, continuam a existir. Apenas têm outros nomes. «Dois homens subiram ao templo para orar». Os «fariseus» de hoje são aqueles e aquelas que se consideram-se os melhores, os bons — ideias conformes com a doutrina, cumpridores dos deveres, submissos às ordens superiores; são aqueles e aquelas que desprezam os que não pensam nem vivem como eles, porque estão seguros das suas ideias, maneira de viver, família e costumes. Estes só têm motivos para dar graças a Deus. Não são como os «outros». Há tantos fariseus no nosso mundo! E também na Igreja! Mas, também como no tempo de Jesus, hoje há pecadores, «publicanos». São aqueles e aquelas que se sentem envergonhados, humilhados, desprezados e marginalizados. Os publicanos dos nossos dias são os divorciados (que voltam a casar ou a viver com outra pessoa), os homossexuais, os doentes com sida, os povos de leste, os emigrantes, e todos os que apenas podem confiar na misericórdia de Deus. Porque, para a sociedade e para a Igreja, a única alternativa que têm é mudar de vida ou viverem na mentira.
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