Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: «Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna. Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem acredita n’Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus. E a causa da condenação é esta: a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras. Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.
| Aquele que acredita tenha n’Ele a vida eterna
O texto recorda-nos que a luz que pode iluminar tudo está no Crucificado. Somos capazes de ver e contemplar o amor de Deus nesse homem torturado na cruz?! Estamos habituados desde criança a ver a cruz por toda a parte. Por isso, talvez não saibamos olhar o rosto do Crucificado com fé e com amor. O nosso olhar distraído não é capaz de descobrir nesse rosto a luz que pode iluminar a nossa vida, nos momentos mais duros e difíceis. Por que é que tantas vezes rejeitamos a luz que nos vem do Crucificado? (José Antonio Pagola). «Aquele que acredita tenha n'Ele a vida eterna». Jesus ensina-nos a compreender Deus a partir do amor. Mas um amor que se concretiza na entrega e no serviço. Um amor que é capaz de dar a vida pelos outros. É uma forma de amar levada ao limite. Assim, Jesus mostra-nos como é o amor do Pai por todos nós. «Salvos na Esperança», como diz o Papa Bento XVI na sua segunda Carta Encíclica. Esta é a boa notícia que Deus tem para nos dar através de Jesus Cristo. «Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». Deus humanizou-se em Jesus. Assim, humanizando-nos encontramos a luz e amamos a luz. Quando nos endeusamos encontramos as trevas. Não há coisa mais obscura do que uma pessoa que aspira a subir, instalar-se. Como não há luz tão poderosa como a luz daquele que é tão humano que não tem nada a esconder. As suas obras, a sua vida, transmitem bondade e humanidade (José Maria Castillo).
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