Naquele tempo, os judeus discutiam entre si: «Como pode Jesus dar-nos a sua carne a comer?». Então Jesus disse-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Se não comerdes a carne do Filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia. A minha carne é verdadeira comida e o meu sangue é verdadeira bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele. Assim como o Pai, que vive, Me enviou e Eu vivo pelo Pai, também aquele que Me come viverá por Mim. Este é o pão que desceu do Céu; não é como o dos vossos pais, que o comeram e morreram: quem comer deste pão viverá eternamente». Assim falou Jesus, ao ensinar numa sinagoga, em Cafarnaum.
| Aquele que Me come viverá por Mim
A tónica eucarística continua presente, tal como acontece em todo o capítulo seis do evangelho segundo João. É (muito) provável que Jesus não tenha dito estas palavras. O redactor do texto pretende ligar o discurso de Jesus com a celebração eucarística já presente nas comunidades cristãs do final do primeiro século. Na Eucaristia, Jesus está realmente presente. É claro que a comunhão eucarística não se refere ao corpo «histórico» de Jesus. Não comemos o corpo de Jesus, o corpo que nasceu de Maria e morreu na cruz. «Aquele que Me come viverá por Mim». Na Eucaristia, comemos o corpo ressuscitado de Jesus Cristo. Por isso, comungar é deixar que a vida ressuscitada de Jesus Cristo se una à nossa vida humana. Comungar não pode ser (simplesmente) comer uma hóstia sagrada. «Aquele que Me come viverá por Mim». Comungar é viver por Jesus, hoje. É unir-se totalmente a Ele, de forma que a maneira de viver de Jesus Cristo seja também a maneira de viver daquele que comunga. «Aquele que Me come viverá por Mim». A Eucaristia é fazer comunhão com Cristo e com os irmãos, como propõe o tema do próximo Congresso Eucarístico Internacional, que se vai realizar na Irlanda, entre os dias 10 e 17 de Junho de 2012.
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