Naquele tempo, Jesus saiu de novo para a beira-mar. A multidão veio ao seu encontro, e Ele começou a ensinar a todos. Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: «Segue-me». Ele levantou-se e seguiu Jesus. Encontrando-Se Jesus à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores estavam também a mesa com Jesus e os seus discípulos, pois eram muitos os que O seguiam. Os escribas do partido dos fariseus, ao verem-n’O comer com os pecadores e os publicanos, diziam aos discipulos: «Por que motivo é que Ele come com publicanos e pecadores?». Jesus ouviu e respondeu-lhes: «Não são os que têm saúde que precisam do médico, mas os que estão doentes. Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores».
| Reflexão
Os publicanos ou cobradores de impostos eram pessoas indesejadas e odiadas pelo povo. Não tinham salário. Ganhavam o que cobravam a mais de impostos. Eram ladrões. E colaboradores com o poder opressor. Levi era um deles. Jesus não tem dúvidas em chamá-lo. «Ao passar, viu Levi, filho de Alfeu, sentado no posto de cobrança, e disse-lhe: 'Segue-me'». Mas Jesus não se limita a chamar um «indesejado». Foi a sua casa. E comeu com ele, com os seus amigos, que eram «muitos publicanos e pecadores». Um verdadeiro escândalo e provocação. Naquele tempo (como hoje), partilhar a mesa era tornar-se solidário com os comensais. Ora, estes, publicanos e pecadores, eram pessoas de má reputação. Os «selectos», os «escribas do partido dos fariseus» (os mestres da Lei dos mais rigorosos no cumprimento das normas judaicas), não suportavam este tipo de provocação. A resposta de Jesus é forte: «Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores». Jesus faz-se próximo de todas as pessoas. E oferece-lhes um amor mais forte do que o pecado. Com quem é que gostamos de estar? Com quem é que nos sentamos à mesa?
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