Naquele tempo, Jesus retirou-Se com os seus discípulos a caminho do mar e acompanhou-O uma numerosa multidão que tinha vindo da Galileia. Também da Judeia e de Jerusalém, da Idumeia e da Transjordânia e dos arredores de Tiro e de Sidónia, veio ter com Jesus uma grande multidão, por ouvir contar tudo o que Ele fazia. Disse então aos seus discípulos que Lhe preparassem uma barca, para que a multidão não O apertasse. Como tinha curado muita gente, todos os que sofriam de algum padecimento corriam para Ele, a fim de Lhe tocarem. Os espíritos impuros, quando viam Jesus, caíam a seus pés e gritavam: «Tu és o Filho de Deus». Ele, porém, proibia-lhes severamente que o dessem a conhecer.
| Reflexão
Jesus era profundamente religioso. Mas a sua religião não tinha nada a ver com a religião do Templo. E muito menos com a religião dos sacerdotes judaicos. Estes interessavam-se por três coisas: as cerimónias sagradas, a submissão dos fiéis, o dinheiro das pessoas. Jesus interessava-se por outras três coisas: que as pessoas tivessem saúde, que tivessem de comer, que tivessem boas relações humanas. Esta forma de religião faz cair todas as barreiras e distâncias. Todos se unem para alcançar estes objectivos. A religião que procura estas três coisas faz desaparecer a religião dos ritos, das normas e do dinheiro. «É uma pena, uma enorme dor, ver e sentir o descrédito em que caiu a religião, a Igreja, o clero» (José Maria Castillo). Hoje, na Eucaristia, Jesus coloca-se connosco a caminho. E comunica-nos a Boa Nova, sempre viva, que alimenta a nossa vida. Olhemos as personagens deste texto que seguem Jesus. Embora todos reconheçam Jesus, nem todas têm uma atitude positiva. Também hoje há diversas atitudes perante a presença de Jesus. Qual é a nossa «posição»: do lado dos interessados, dos curiosos, dos que se assustam com a sua presença, dos que o seguem por amor?
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