Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
| Reflexão
Na antiguidade, as pessoas não sabiam explicar as doenças e as desgraças. Na tentativa de explicar essas situações, referiam-se a forças do mal, demónios, espíritos impuros, que eram apontados como os causadores dos sofrimentos. A «autoridade» de Jesus manifesta-se nas suas palavras e nas suas acções. A «autoridade» de Jesus não consiste em títulos ou cargos, mas em aliviar o sofrimento. Jesus devolve a cada pessoa a esperança e a alegria de viver. No fundo, em Jesus, a «autoridade» é a sensibilidade perante aqueles que sofrem, é ter um coração misericordioso. Hoje, a (nossa) maior necessidade não é que nos ensinem doutrinas, mas que nos libertem de tudo o que oprime e ofusca a dignidade humana, de tudo o que causa sofrimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário