Ao descerem do monte, os discípulos perguntaram a Jesus: «Porque dizem os escribas que Elias tem de vir primeiro?» Jesus respondeu-lhes: «Certamente Elias há-de vir para restaurar todas as coisas. Eu vos digo, porém, que Elias já veio; mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim também o Filho do homem será maltratado por eles». Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Baptista.
| Reflexão
O monte a que se refere o texto é o «lugar» da Transfiguração, conforme se relata no início deste capítulo (dezassete). A pergunta dos discípulos é compreensível. Primeiro viram Elias e Moisés juntamente com Jesus. Logo em seguida, ficam de novo, somente, com Jesus. E ainda ouviram uma voz que os convidou a escutar os ensinamentos de Jesus. Agora, depois de tudo o que presenciaram, os discípulos perguntam a Jesus o porquê da necessidade da (segunda) vinda de Elias! Jesus responde identificando Elias com João Baptista: «Os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Baptista». Elias foi o primeiro dos grandes profetas de Israel. João Baptista foi o último. «Mas, em vez de o reconhecerem, fizeram-lhe tudo o que quiseram», acrescenta Jesus. Quando Herodes, mandou prender e depois matar João Baptista, ninguém o defendeu. Deixaram-no só, quando mais precisava da solidariedade do povo. E Jesus retira uma consequência final: farão o mesmo com Ele. É certo que houve momentos de entusiasmo, em que todos aplaudiram Jesus e ficaram maravilhados com o que dizia e com o que fazia. Mas, na hora da verdade, ficou só, abandonado por (quase) todos. Este texto dá muito que pensar sobre as atitudes que tomamos no nosso dia a dia!
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